2 anos depois
Julho 5, 2011 Deixe um comentário
Depois de o local onde trabalhava experimentar as garras do corporate world e com o tempo as pessoas com quem trabalhava passarem do estado empregado para desempregado com excepção de alguns. Parece que no meu caso a escolha até agora ficou a meu critério o que é sempre bom. Foram uns bons dois anos e meio de trabalho, complicações e algum stress mas já tinha passado por pior. Aperfeiçoei bastante os meus conhecimentos e consegui aplicar o que aperfeiçoei o que foi bom. Os sistemas proprietários ficaram ainda mais marcados na minha experiência como uma boa forma de controlar desenvolvedores e de os manter num estado de incapacidade face a problemas de gestão de recursos da máquina e liberdade para criar.
Relembro que depois de promessas a tanta gente e beneficios supostamente garantidos a tantos que me acompanharam para este local quantos ficaram ? Uns 10 talvez… Quem estava mais abaixo na hierarquia não demorou a sair e está agora na boca do lobo da crise não recebiam bem e o stress que tinham também não deveria compensar o trabalho a que se sujeitaram só para ficar com o estado de “empregado”. Quem tem contactos vai-se safando arranjando algum trabalho por aí, os outros aguardam uma hipotese de ainda poderem mostrar o que valem.
O país (Portugal) deu uma volta de 180º da expansão e do progresso, desenvolvimento e modernismo passou para uma politica de contenção e como sempre quem sofre são os mais pequenos. As palavras podem parecer comunistas mas a verdade é que são uma expressão da realidade. Depois de tantos anos dizem que ainda se fala de Salazar se calhar é porque ele foi o último governante com alguma inteligência neste país. As pequenas empresas hoje tentam remar contra a maré negativa que se avisinha sempre com recurso à palavra que mais identifica os portugueses… Desenrasque, sem desenrasque não haverá solução pois não podem esperar pela mão do governo.
O país tem boas qualidades e a Europa ajuda bastante a que ele saia da imagem de republica das bananas, até na Tunísia dizem que o país pode vir ser igual a Portugal isto quando a nossa dívida e austeridade aumenta. Mas isto não é tudo na vida.