62 Reais e 20 Cêntimos para chegar a um café em Portugal, ou quase.
Fevereiro 21, 2018 Deixe um comentário
Ontem tive uma experiência que à muito sentia falta de Portugal. Ir a um café e comer um croissant (coraçã), à seis anos no Brasil e nunca comi um coraçã como os de Portugal mas ontem isso chegou muito perto de acontecer, na realidade de 1 a 10 aquele croissant era um 8 , com queijo e presunto (fiambre).
Em Três Rios, no Shopping 3 Rios no primeiro piso, rés do chão no canto esquerdo tem um pequeno café, do ponto de vista de quem olha de frente para o elevador estando na porta. Com alguns lugares, cadeiras e uma das paredes tem um sofá de uma ponta a outra. Não gravei o nome deste lugar porque acho que saí dele ainda meio atônito. Ia lá apenas por um café mas a atendente começou a sugerir várias opções, mas olhei para baixo e vi os coraçãs, muito atenta ela logo referiu que tinha um coraçã de presunto e queijo entre outros, mas aquele presunto e queijo foi o que me chamou a atenção.
Uma nota… Eu já tive más experiências a pedir croissants no Brasil. O que tem acontecido em casos anteriores é que a atendente leva o croissant ao micro-ondas para o vir servir passado 1 minuto na mesa e o sabor ser parecido a algo que nem deveria ter o nome de croissant.
Mas depois de a atendente me ter dito que não me queria servir o pão de queijo porque era de ontem e nem estava quente… Reparem!!! Ela não me vendeu o pão de queijo que eu até perguntei se ela tinha algum, ela não se preocupou em ganhar uns trocos com um mau serviço mas sim com a qualidade dizendo que o pão de queijo era de ontem e os que estava a fazer ainda não estavam prontos. E então sugeriu outras opções e foi aí que eu olhei para o croissant na vitrine abaixo.
Depois de ter pedido o croissant fui para a mesa com a minha esposa, escolhemos uma mas rapidamente trocamos por outra perto do “sofá” para ela colocar a carteira. Nem deu tempo de iniciarmos conversa e já estávamos a ser servidos com dois cafés curtos que tinhamos pedido e o croissant.
Os dois cafés eram… Bons, servidos no estilo brasileiro sem ser com máquina de moer o café na hora como em Portugal mas mesmo assim gostei do detalhe de colocar as chávenas na mesa e me vir servir o café com um bule. Em Portugal só se usaria bule para chá mas aqui dado o estilo de preparação do café, bem este estilo foi diferente. Um francês teria gostado mais. Questionou se eu queria colocar o açucar antes ou depois, não sei a diferença mas escolhi antes.
Então após estarmos sozinhos a minha curiosidade e atenção foram para o croissant, foi demasiado rápido para ele ter ido ao micro-ondas. Como ele estaria?!
Após a primeira mordida senti o sabor da massa e era tanto quanto me lembro após 3 anos de privação e sofrimento, tal e qual a de Portugal, o queijo e o fiambre fundiam-se com a massa, em Portugal não se veria isso, pois em Portugal o croissant leva o fiambre e queijo após estar pronto e não durante o processo de cozedura, ele é vendido simples ou com diversas opções de conteúdo e até prensado. Mas a massa era igual, minha esposa confirmou que ele não tinha ido ao micro-ondas. Para ser mais parecido com o de Portugal a massa não poderia ter levado o presunto (fiambre) e o queijo no momento de cozedura, o topo dele deveria estar mais escuro e crocante. Mas mesmo assim foi uma grande melhoria comparativamente ao que tenho por aqui provado.
O serviço em si também foi bastante bom, mas o croissant foi o destaque.
Paguei uma merreca de 8 reais e 50 centavos por tudo enquanto em Miguel Pereira teriam-me levado até as cuecas por um croissant congelado levado ao micro-ondas.
Os 62 reais e 10 centavos foi o preço do ônibus para duas pessoas até 3 rios.
Posso dizer que fiquei muito agradecido por nesse dia ter comido um croissant daqueles servido num café ao estilo português, para uma pessoa que sente falta de algumas coisas gastronômicas isto ontem foi um achado.
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